quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

Circo de lágrimas.

De canto, de lado.
Fria e solitária.
Aqui estou eu, neste circo onde palhaços choram.
O circo pode ser algo totalmente ao contrário do que pensam.
Ao ver sorrisos em nossas faces, em risos forçados as pessoas caem.
Pagam em busca de uma felicidade barata e ilusória.
Mas por trás dos holofotes, por trás da lona e da maquiagem, é algo bem diferente.
A vida no circo, pode ser considerada como a mascara de maquiagem que usamos. Parece que estamos sempre sorrindo, mas é falso.
Quando somos crianças, é tudo muito fácil. Somos "fofos", fazemos besteiras e então todos riem. Sem razão alguma. Mas ninguém pensa em como pode ser duro trabalhar tão inocentemente.
Não sabemos o que fazemos e nem o que fazem conosco. Sabemos que fazemos aquilo. E não sabemos nem o porquê.
Até que um dia a inocência já não faz mais parte de nós. E então temos que trabalhar mais ainda. Explorar talentos. Colocamos membros nossos e até vidas talvez em risco. Coragem e equilíbrio podem doer.
É aí que começamos a entender a exploração. Qual nosso destino. Quem o traçou.
E por mais que em nossa face apareça um sorriso, é o nervosismo e até mesmo o medo que nos traz ali. O medo de ser um fracasso. A raiva de ter que se preocupar com isso.
Até que o amadurecimento vem. E nós aprendemos a conviver com aquilo. Sempre mandados. Agora profissionais, nada nos para mais.. Entramos no jogo dos negócios. Riem de nossa cara, da nossa humilhação. E nós percebemos quem são o nosso publico. Com aplausos que podem ser falsos na mão. E poucos deles, se põe a admirar.
E então, começamos a deixar de ser mandados para mandar. Temos nossa entrada no show, e apresentamos aqueles que impressionam no nosso lugar. E então descemos do nosso palco e assistimos. Assistimos e lembramos.. até que os holofotes se apagam totalmente para nós, as cortinas se fecham, os aplausos param.
Temos memórias a se esvaecer.. Até que a memória de nós some a mente de todos.
Fora dos palcos, é muita coisa a se enfrentar.
Mas agora são os palcos que eu tenho que encarar. Pelo menos nesses momentos de nossas vidas podemos brilhar.
Este é o meu destino e um dia será a minha história.
História de uma circense com lágrimas no olhar.
Neste circo onde palhaços se põem a chorar.

sábado, 24 de dezembro de 2011

Espelhos.

Dizem que os espelhos refletem a nossa alma. Por isso, costumo ter medo deles.
Medo do que está oculto e dentro de mim. Medo do que eu tenho e não posso fugir.
Me surpreenderia com o quão boa eu posso ser. Ou quão ruim. Tudo ou nada, sem saber.
Alguns cobrem seus espelhos com pavor do que podem passar a ver. Algo velho que possa ser medonho, mas agora sem nada a esconder.
Quebrar sua alma podem lhe dar sete anos de azar.
O que me resta é encarar.
Vejo minhas sombras se refletirem. Elas representam um outro lado de mim. Que todos tem.
Minha imagem e movimentos são os mesmos. Mas o olhar podem me mostrar algo mais.
O medo, o receio..
O suar frio, o engolir seco.
Talvez não assombrações mas a verdade sobre si mesmo.
A verdade que todos tem medo.
A verdade diante do espelho.

sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

Um pouco de paz.

Esta luz que atravessa minha janela que me causa dor. A dor me acorda.
Involuntariamente desperto.
Está muito cedo, mas os primeiros raios já conseguem me cegar.
Vento frio da manhã de um novo dia, sopro gelado de mais um tempo de vida com clima morto.
Fecho a janela. Não quero esta luz a invadir meus sonhos. Nem esse frio que me chama para o que tem o apelido sem lógica de vida.
A paz agonizante que almejo na escuridão. Me perco em sentimentos vazios. 
Nesse cantinho pequeno e escuro encontro, por mais estranho que possa parecer, harmonia. Entre mim e minha consciência.
Não quero abrir minha porta para o mundo.
Quero continuar com minhas pelúcias e sonhar. Sonhos que me levem para algum lugar. Que me deem o minimo sentimento de vida para poder aguentar.
É triste ouvir a minha situação através da porta do meu quarto, nesse exato momento.
Meus olhos, cadeias avessas. A cada vez que os fecho, algum sentimento aprisionado escapa.
Me decepciona, o quanto coisas tão boas quantos sonhos, possam me iludir.
O que nos tornamos enfim? Amantes do nosso próprio espelho que refletem os nossos erros.
Ah, se algo como aqueles raios de sol pela manhã pudessem realmente me cegar. Ou até mesmo me matar.
O que me protege são as quatro paredes do meu quarto.
Os gritos, as lagrimas, as palavras vazias de consciencia com o ódio que a substitui.
Esse silêncio de luto pelo seu particular, que me invade e me corrói.
Queria que pudesse esconder tudo de mim, ao invés de me esconder de tudo.
Não é medo que tenho. É desprezo.
Me vejo caindo em pensamentos e quando meus olhos voltam a realidade me pego olhando para o teto.
Viro minha cabeça e vejo uma parede. Talvez, que me proteja de tudo, mas é algo de que enjoo.
Viro novamente e vejo uma janela. Aquela mesma que eu fechei. Como uma simples janela, só me dá uma visão mais ampla daquilo que não me agrada. Como um fim da vida, me dá o começo de uma paz e descanso eterno. Longe de tudo isso.
O silencio após os gritos.. os movimentos desleixados.. o tempo sem vida. Os pensamentos rápidos, dores que permanecem..
O café de ontem que agora está frio, continua na mesa. Aquele batom que nunca acaba.
As lembranças ruins que agora me fazem falta, continuam em minha mente. Essa dor que nunca acaba.
É a mesma rotina. Mesmas lembranças. Novas dores.
Esse deja-vú que nunca passa.
As horas que passam e se repetem.
Os tempos que vivem a se repetir.
Talvez esse não seja o melhor lugar.
Mas encostada nessa parede, este é meu refúgio.
Onde posso seguir o coração e escutar minha mente.
Onde pensamentos me vem e me contém. 
Onde lagrimas me confortam.
Onde tenho um pouco de paz.

quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

Boneca de porcelana inquebrável.

Ela pode ser bem estranha.
Carinha de boneca, personalidade sem alma.
Não a julgue pelos seus atos, é culpa da sua história e de quem a escreveu.
Uma caixinha de segredos assustadora e atraente. Totalmente intocável.
Você pode pensar o que quiser sobre ela.
Acima de tudo, ela é uma mutação, um enigma impossível.
Ela é forte como aço, mas já foi quebrada um dia.
O monstro como consequência dos outros. Os que a criaram e a deixaram largada.
Agonizando, num ultimo suspiro ela absorveu a poluição da alma de cada um.
Ela se tornou no pior espelho deles mesmos.
Ela mostrou que eles eram seus próprios pesadelos. Os fez tomar do seu próprio remédio.
Ela é a essência-veneno da sua vida. É o que precisa, mas o que não quer. Ou o que quer, mas não precisa. Sempre na medida certa.
Ela é uma boa atriz. Te fará de marionete, num show onde ela é a estrela.
Ela irá te largar para conquistar a plateia. Por ser o inalcançável.
Te fará se sentir terrivelmente mal.
Por dentro, ainda há um anjo. Só que não há ninguém bom o bastante para despertá-lo.
Ela é perigosa, manipuladora, calculista e cruel.
Pode te torturar num sorriso. Te mata num olhar.
Ela ainda ama. Sim, ama a si mesma e seu jeito de ser.
Depois de sofrer, aprendeu o que é viver.
Sua bondade agora é sua melhor arma.
Como um desafio invencível, é atraente, te fará amá-la e sempre irá perder.
Cuidado.
Um dia ela foi o jogo, hoje ela é a jogadora.
Sem adversários.
Não se arrisque.
Não se alie. Ela joga sozinha.
Quer vencer? Afaste-se do seu brutal caminho para o topo.
Caso contrário, ela irá tirá-lo ou te usar como escada.
Para ir longe, ela fará o que puder.
Siga seu caminho livre, fora do seu olhar.
Esse é o único jeito de sobreviver no jogo dela..
Não jogue, não perca.

sábado, 3 de dezembro de 2011

Amor psicótico.

Dores incriveis e inexplicáveis.
São as melhores dores que já senti.
Minha cabeça confusa, fico louca.
Louca de dores por ti.

Um sentimento que me corrói.
Me deixa angustia sem me machucar.
Me faz cada vez melhor.
Seu toque a me queimar.

Ao piscar, fico num canto escuro.
Por um segundo, a doença me deixa e me sinto cada vez pior.
A solidão é pior que a dor.
Me sinto só, me sinto sem amor.

E ao tentar medir o amor e o ódio
que tenho por você me adoecer.
Os gráficos não param.
Sempre a enlouquecer.

Com o teu amor e meu ódio por tal
No meu pensamento neurótico, paro num tipo de hospital
E essa overdose de loucuras me mata e me dá vontade de viver.
Para ficar ao teu lado e ter uma overdose de você.

Odeio ficar aqui.
Mas mesmo doente, não sinto como se fosse ruim.
Pois amo ficar doente,
para ter você do meu lado, a cuidar de mim.

É como se fosse me por para dormir
Num sono profundo ao teu lado
Num beijo me acorda
Pois sem tua imagem, meu olhar fica desesperado.

Tu és meu oasis.
Meu paraíso falso numa miragem que é você.
Eu ando nesse deserto com teu doce veneno.
Que me mata, me hidrata e me ajuda a viver.

Meu conto de fadas psicótico.
Meu principe me salva e me prende com seu amor.
Você me dá as chaves falsas da sua torre,
E ao invés de chorar, rio com a dor.

Me dá uma facada pelas costas,
No meu peito, um curativo.
Me tortura, me machuca.
Meu ódio e amor ativos.

Eu amo teu jeito de me matar.
Eu amo teu jeito de me fazer querer viver.
De nunca sair do meu lado.
Feliz para sempre a morrer igualmente a você.

sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

Jogos.


Esse era o plano.
Brincar com meu coração, com meus sentimentos.
Desse jogo, eu sou a peça. Meus sentimentos são os adversários.
Ele está vencendo.
Ele sabe meus pontos fracos. Ele sabe como me derrotar. Derrotar de um forma tão doce, suave e serena.
É quase irresistivel me perder ao jogo dele.
Ele só não venceu ainda por um unico fato.
Uma falha no jogo; ele não esperava que o jogo fosse levado a sério.
Agora, a peça não quer, não pode e não vai sair. A peça gosta de ser derrotada. A peça virou sua pior adversária.
Adversária que ele criou. Ser derrotada nunca foi tão bom e vencer por isso, melhor ainda.
Ele sabe que a peça é dele. Os meus sentimentos viraram sua própria peça contra ele. Uma armadilha.
Mas ele não pode destruir sua peça. E não pode deixar que ela o vença. Ele acaba de virar sua peça.
Ela não vai deixar que termine esse jogo.
O jogo só acaba quando morrem os reis. Ele é um rei. Ela o protege. Não quer que ele morra.
Ele quer vencer. Mas só pode vencer perdendo.
Um ciclo vicioso.
Cabeças rolam ao decorrer do jogo. E depende, somente dela que rolem.
Mas ela não se move. Assim, num reflexo, o jogo todo para por causa dela. A peça. A peça venceu o jogo. Virou. Dominou. Venceu.
Os adversários agora estão parados, na palma da mão dela.
Mas esse não é o objetivo? Ganhar com todas as peças? Ela ganhou todas as peças. Todas as peças se resumem, agora, a ela.
O curso do jogo mudou. Ele se rendeu sem saber. Deixou se mover por ela como ele a movia.
Esse jogo não recomeça, só tem um começo e um fim. Tome cuidado com o que e como joga. Os movimentos. Reflexos. Tempo e local é essencial.
Olhe isso, faça aquilo, pense bem, mas pense rápido. O tempo corre e o jogo também. Não pare no mesmo lugar se esse for o errado. 
Ah, a vida e seus jogos.

domingo, 27 de novembro de 2011

Liberdade ilusória.


Eu sinto falta dele.

(Corra atrás.)

Mas eu não quero, gosto de ser livre, não gosto de coleiras.

(Mas então, você ainda quer se prender a coleira dele, ao invés de esquecer, minha querida, você está livre! Se não gostas de coleiras então esqueça a que te prendia e te fazia sofrer. Mas se gosta de um único dono, saiba se conformar que nada é perfeito.)

O problema é que eu gosto dessa coleira, ela se tornou especial. Uma exceção a minha regra. Só que a coleira machuca.

(É aí que entra que nada é perfeito. A coleira machuca mas é especial. E porque é especial?)

Porque eu me apeguei a essa coleira.. Ela me conforta.

(Te conforta e te machuca. Ou seja, ela te dá algo que você quer, e também te tira algo que você tinha. E agora, você tem que medir..
..O que você mais quer? O que a coleira te deu, ou o que ela te tirou?)

O que ela me deu.

(Então corra atrás.)

Só que a cada aperto eu vejo o que perdi.

(Daí temos uma contradição: quando você tem o que ela te deu, você quer o que perdeu; Quando tem o que perdeu, sente falta do que ela te deu.)

Ela me sufoca e nesse sufoco eu quero a liberdade de volta.

(Mas não há liberdade se você se prende emocionalmente a ela. A sua liberdade no momento, depende somente de ti.)
       
                                                                                        (Mrs. J e L. Oliveira)

Brinquedos também sentem.


(Ele te ama.)


Ama! Ele me ama igual ama um brinquedo que ele brinca até enjoar, coloca na prateleira e quando quiser pega de novo.

(Quando quiser?)


Sim.

(Se fosse assim, ele já tinha pego. Acontece que agora a prateleira tá muito alta.)


Alta o suficiente pra ele subir e pendurar-se nela.

(Mas ele ainda não consegue alcançar o brinquedo.)


Só que quando a prateleira cair ele vai derrubar o brinquedo.

(Mas a prateleira só cai se o brinquedo quiser. E aí brinquedo?)


[...] O que aconteceria se o brinquedo caísse?

(Certamente, ele brincaria com o brinquedo de novo, poderia se cansar de novo e guardá-lo de novo. Mas fica nesse ciclo vicioso se ele gostar do brinquedo. Mesmo que enjoe ele sempre vai amá-lo e vai voltar para o brinquedo.
Só que, seu coração não é um brinquedo. E é você que sabe se seu coração pode suportar a dor de ser usado e ser jogado de novo. Considerando o fato, de que ele ainda ama, seja como for.)


Só que o brinquedo queria poder ser utilizado de verdade, não só como um enfeite.

(Brinquedo, és exclusivo, você tem opiniões e pode expressá-las. Continuarás como mais um brinquedo sem opiniões ou vai mostrar o que você tem de exceção?)


Como assim?

(Você pode mostrar que tem algo de exceção, e dizer para que realmente serve. Ou pode mostrar que é apenas mais um do qual ele vai enjoar e colocar na prateleira.)
(...Escolha.)




                                                                               (Mrs. J e L. Oliveira.)

sábado, 26 de novembro de 2011

Pensamentos de uma garota ciumenta.

Ele some e só me vem coisas na mente. Coisas ruins. E tudo para mim então é pista. Sinal.
Nada, nenhuma criatividade no mundo, no universo inteirinho, nada se compara a mente de uma mulher ciumenta.
Eu não consigo me conformar. Eu não quero perdê-lo.

(Mas se ele pode ser de outra, hipoteticamente, ele não é completamente seu.)

Então, dói mais ainda!
Dói demais perder algo que você nem tinha. Dói perder apenas o que é esperança.
Porque quando você perde a esperança.. a unica coisa que fica ainda, para te machucar e te lembrar da esperança é o amor..
..E essa era a melhor coisa a se perder.
Sabe.. Ele acima de tudo para mim é um amigo. E se eu perdê-lo como namorado, ainda quero tê-lo em minha vida. 
Mas se eu perder ele para outra, eu não vou aguentar. É peso de mais. E eu não sei o que pesa mais, ele com outra ou o nosso vazio.

(Para de sofrer por ele.)

Não tem mais por quem sofrer, vai ele mesmo.
[...]
Sabe eu não entendo.. Para que ele mentiria? Não tem um porque exato.
Qual a graça de machucar várias pessoas? Qual o mérito por isso?
O amor se parece um tanto psicopata.
E se ele me ama, porque faz isso? Diz tanto que me ama.. se diz triste ao me ver magoada, então porque insistir em me magoar? O que magoa mais? Em descobrir a verdade, ou desmascarar a mentira?
Qual a dor que causa a ele em me dizer a verdade?

(Ele pode te fazer falta, pode ser muito bom para você e estar sempre do teu lado. Mas agora ele não está. Então não sofra neste momento. Não vale a pena.)

Eu fico assim. Não dá para sofrer quando ele estiver do meu lado. Ele tira o meu sofrimento. E ao ir embora, me traz de volta. Então qual o propósito disso? Me colocar no trono e como numa brincadeira infantil, puxar-me a cadeira? Quando ele sai do meu lado, acorrentada a esse amor, me ponho a esperar. Se ele me ama tanto quanto, diz, então me deixasse livre. Ou então volte. Volte e fique.
Fique para sempre.

                                                                                                (Mrs. J e G. Andrade)

sexta-feira, 25 de novembro de 2011

Mente adulta numa eterna criança.

Desde pequena, muitos me diziam ser muito adulta para a minha idade.
Talvez, eu fosse. Mas dizia que não.
E quando perguntavam porque. Eu dizia que não sabia.
Talvez eu soubesse. Mas quem é que sabe de algo nessa vida?
Na minha vida inteira, eu fui levada a crescer mentalmente.
Sempre enxerguei o mundo com outros olhos.
Vi muito cedo o que era realidade. Não existiam príncipes encantados, existiam cafajestes que deixariam você presa na torre por preguiça de derrotar o dragão.
Não existiam castelos mágicos, existiam mansões que só quem pode, tem.
Não existia caridade, mas sim arrogância.
Não existia carinho, mas sim guerra.
Não existia amor, mas sim mentiras.
Quem rouba não dá aos pobres. O príncipe nunca te devolveria um sapato de cristal. Não há quem vá deixar você morar em sua casa. Não há gênios, não há fadas madrinhas.
Dos contos de fadas só existem os vilões. A diferença é que na realidade, eles não somem.
Além disso, a minha vida inteira vi a dor de uma desilusão, a dor de perder um parente, a dor de ser maltratado, da mais leve dor física a mais intensa dor emocional.
As decepções, as mágoas, a fúria, a raiva, o ódio, os problemas, a tristeza, a maldade, a brutalidade, a guerra e o pior de tudo, a falta de interesse em tentar resolver tudo isso e o desprezo por quem pelo menos tenta.
E apesar de crescer vendo e sentindo o que é essa sociedade má, fria, calculista e narcisista, teve um lado de mim que nunca se conformou.
E então toda vez que vejo algo assim, ela insiste em me perguntar porque. E eu não sei explicar.
Ela nunca se conformou, nunca quis e nunca aceitou crescer. Ela não aguenta nada. Ela aínda é aquela garota que brinca com tudo, ri de qualquer bobeira, se apaixona fácil, tão fácil quanto como chora e faz birra por tudo.
Mas depois de analisar bem, essa parte minha não me incomoda.
Sei que muitas pessoas dessas por aí, certamente não tiveram um lado assim.
Tiveram que crescer rápido, não tiveram tempo de sonhar.
E depois de ver no que eu poderia infelizmente, me tornar. O quanto eu poderia sofrer.
Sou feliz por ter esse lado que pode sonhar.

quarta-feira, 23 de novembro de 2011

Apesar de tudo.

Sim, eu entrarei no jogo sabendo que vou me matar.
Se eu vou tentar jogar, tenho que saber me machucar.
Ameniza a minha dor, a vontade de te encontrar.
Porque apesar de tudo, és a unica pessoa, a quem consigo amar.

Na esperança incerta de vê-lo novamente.
Não posso parar de seguir em frente.
Nessa escuridão fria, sem teu abraço quente.
Amor no coração e você na mente.

Mas no final, tudo tem sua recompensa.
Minha luta, enfim, valerá a pena.
Pois sei que, em mim, você sempre pensa.
Porque apesar de tudo, esta luta, tu não dispensas.

Se não o jogo, então o jogador.
Não enfrente comigo esta mesma dor.
Pegue minha mão, deixe-me sentir teu calor.
Apesar de tudo, temos intacto o nosso amor.

Ilusão.


Porque eu insisto em acreditar?
Sei que se precisar, você não estará lá.
Do jeito que te amei, nunca me amará.
E quando eu morrer, não irás chorar.

E por causa de tuas ilusões,
agora aqui, sufoco na minha ausência de sonhos.
Sem ar, sem som, apenas lagrimas.
O que era maravilhoso, virou um lugar medonho.

Onde é proibido sonhar,
ou é permitido sofrer.
Mas de qualquer jeito nos machuca,
então tento correr.

Minhas pernas vão em direção contrária
correm para o teus braços
a minha mente tenta lutar
meu coração não é de aço.


O que você pensa que me engana
na verdade eu já sei
mas eu gosto de sonhar
e tento acreditar, que fui eu que nunca te amei.

Queria que não houvesse tempo nem limites
Queria não fosse, apenas para mim, necessário
Mas tudo o que me diz é mentira,
O eterno vira temporário.

Caio então, nesta ilusão prevista
Poderia pará-la, mas precisava de um sonho para meu coração.
Confortando-me, sabia que me enganaria,
com o que, mais tarde, me machucaria,
E disse sim, ao invés de não.


Não tenho para que acreditar,
mas insisto tanto em sonhar
mesmo sabendo que não é e nunca irá ser real,
mas ainda na esperança falsa de realizar.

sábado, 19 de novembro de 2011

O que não fazer pelo amor.

Eu te vi. Eu te conheci. Eu gostei de você. Eu te amo.
Você me elogiou. E eu acreditei porque te amo.
Você disse que me queria ao teu lado. Eu aceitei por que te amo.
Disse que me amaria para sempre. Eu me comprometi ao mesmo porque te amo.
Prometeu que não iria me deixar. Eu também, porque te amo.
Você quebrou as suas promessas. Eu escondi a minha perda de confiança porque te amo.
Você mentiu. Eu escondi a decepção porque te amo.
Você me enganou. Eu escondi a desilusão porque te amo.
Você me fez sofrer. Eu escondi as lagrimas, porque te amo.
Você me magoou. Eu não te incomodei, porque te amo.
Você me fez ter insonia. Eu escondi as olheiras, porque te amo.
Você me disse que estava sofrendo. E eu ocultei o meu sofrimento, porque te amo.
Me disse que tinha problemas. Eu deixei os meus de lado, porque te amo.
Me disse que precisava de ajuda. Eu me matei em pensamentos para te ajudar, porque te amo.
Me disse que doía. Eu te confortei porque te amo.
Você me fez perder minha vida. Eu cuidei da sua porque te amo.
Você disse que sofria tanto que queria se matar. Eu te matei, porque te amo.

E então eu percebi que eu ainda te amava e que desse jeito, não conseguiria viver sem você. Parei de te amar.

quinta-feira, 10 de novembro de 2011

Pessimismo X Otimismo


Ele sumiu... Sabe quando você não sabe se tá preocupada, triste, com raiva ou tudo ao mesmo tempo?
(Sabe que só o tom da voz dele vai te fazer esquecer tudo?)
Mas já perdendo as esperanças.
(Calma, ele vai voltar e você vai dar pulos de alegria)
Ou apenas um sorrisinho amarelo.
(Também. Mas ai ele te chama de amor, linda e recompensa tudo)
Linda? Amor? É, esses dias já passaram.
(Mas voltam)
Será um milagre se ele voltar a me chamar pelo nome uma unica vez.
(Milagres acontecem)
Mas isso é raro.
(Ore, sonhe...  quem sabe acontece?)
Sonhar é como voar. E se você não manter os pés no chão, a queda vai doer. Se manter, será que nem ilusão. Temporário e desnecessário.
(É sua a escolha, quedas doem, mas tem momentos bons)
Momentos bons para a dor ser mais forte? Passo.
(E desistir do pessimismo.)
Desistir do pessimismo é que nem sonhar demais; na melhor parte do sonho, a gente cai da cama. Não dá para desistir do pessimismo. Não dá para correr sem tropeçar.
(Não dá para deixar que um tropeço te mate. Levante-se.)
...Se ele ao menos pensasse em mim enquanto eu fico aqui esperando por ele, talvez a dor não fosse tão forte. Talvez eu conseguisse me levantar melhor.
(Ele pensa, acredite)
Só acredito em coisas que tenho certeza. Como tens tanta certeza disso?
(Pergunte, corra atras da resposta)
Como perguntar? Para quem perguntar? Perguntar o que? Para ter qual resposta? Uma mentira, quem sabe.
(Ele, só ele poderá lhe responder a verdade)
E quem garante que será verdade?
(Só acreditando.)
Tá virando um ciclo vicioso, pois não consigo acreditar no que não tenho certeza. E eu não tenho certeza disso. É tudo tão simples e complicado. A unica coisa que preciso é uma solução. Mas não sei qual é.
(Tente descobrir.)
Espero conseguir.
(Você vai.)
Espero.
                                                                                                 (Mrs. J e L. Oliveira)

sexta-feira, 4 de novembro de 2011

Metamorfose inversa

Disseram que na vida haveria altos e baixos, mas nunca lhe informaram de detalhes.
Ela teve que descobrir. Descobrir a luta que vem com os altos e a dor que vem com os baixos.
Sofreu tais dores muito cedo. Tão cedo que aos poucos, seus sentimentos se esgotavam.
Ela acabou sendo alguém madura demais para sua idade.
Por experiencias e histórias, descobriu todas as dores mas não as conheceu de perto.
E aos poucos que as descobre, já é conformada, mas isso não faz doer menos.
Mas ela sabe que depois do baixo vem o alto e sempre vai ser assim. Porém, a cada queda, fica mais dificil lutar.
Esperanças arrancadas, sentimentos desperdiçados antes mesmo que ela podesse desfrutar deles.
Seus pés doendo, neste caminho deserto, não há almas que possam ajudá-la, apenas cascas que vão e vem sem cessar. 
Dando passos inertes com o vento sem vida acariciando seu rosto, ela luta para chegar ao topo onde é possível tocar o sol.
Onde é possivel obter forças, obter luz, obter vida. Mas é apenas um tropeço que a faz cair..
E então, num unico momento infame, o que parecia céu vira inferno, o que parecia luz, vira trevas e o que parecia felicidade simplesmente some.. Some e fica um vazio dentro..
Não exatamente um vazio. Ainda sobra a dor, mas já não é tão notável. Ainda sobra o sofrimento do qual já está conformada.
Ainda sobra o amor, que nunca foi utilizado, mas conservado até então. Pois foi o unico que foi se fortalecendo a cada subida e invulnerável a cada queda.
Então, na base deste, ela olha para cima e consegue sorrir, pois pela primeira vez, conseguiu ver a luz do sol lá de baixo.
Sentiu forças e distraída nem pode ver que alguém vinha atrás de si. Ao sentir o toque de alguém, olhou ao que parecia um tipo de anjo que a guiou não fazendo olhar para frente, mas sim olhando para trás.
Então ela viu o quanto já havia andado e sabia que não valia a pena desistir depois de tudo. E então olhou para a frente e deu o primeiro passo depois da queda que foi quase melhor que o topo.
Pois o topo, ela enfrentou sozinha. Na queda, teve alguém para enfrentar tudo com ela. Lado a lado, indo sempre adiante.

domingo, 23 de outubro de 2011

Reality of a dreamer.

Em quatro paredes. Sufocada.
Nesse mar de angustia, me devora a solidão.
Este lugar se encontra cada vez menor.. Cada vez menor, fechando-se.
Me relaxa o som das ondas, me faz sonhar as gaivotas a voar.
Enquanto meu olhos se fecham, o desespero retorna. 
Tem alguém para me tirar daqui?
Sinto algo me puxando.. mas me puxando para baixo..
O amor me puxa e agora eu desejo estar entre quatro paredes.
Mas isso não é o amor. Ilusão.
Eu posso lutar contra isso. Subi de volta as quatro paredes. 
Uma porta se abre. Posso sair daqui.
Alguém me puxou e estou finalmente livre. Este foi o amor, e então..
(Acorde, acorde.)
Ouço vozes que distorcem minha visão para um escuro profundo.
Há algo melhor que sonhar. Vencer.
Vencer tal realidade na qual me encontro caminhando num infinito.
O infinito não acaba, mas muda. E eu acredito, que esta realidade um dia será semelhante ao que, por enquanto, eu chamo de sonhos.
No momento estou livre. Livre para caminhar entre grades.
E são os sonhos que me dão tal liberdade. Tal vontade de buscá-la.
E eu acredito nesses sonhos. Preciso de um motivo para continuar.

sábado, 22 de outubro de 2011

Nem todo problema tem que ser ruim.


Acordo. Respiro fundo. Vejo o brilho dos raios de sol que me despertam num dia lindo. Mas estou solitária. Estou sem você.
Talvez, possa esse ser o melhor dia da minha vida, só que você não está presente. Talvez, não seja este o melhor dia da minha vida. Talvez, não seja você o melhor do meu dia.
As músicas que ouço, cada coisa que vejo, me traz você e sua ausência a minha mente. Não faz muito tempo que não lhe vejo. Mas já é muita falta que sinto.
Talvez, porque nada do mais perfeito se compara ao momentos que estou em teus braços.
De repente, lembro de bons momentos que me trazem sorrisos, até que lembro que foram apenas sonhos. Então, meu sorriso desaparece deixando no seu espaço, sua ausência.
Sem você, sinto que estou só. Pois você sempre foi aquele que nunca me deixou. Minha real companhia.
Mas agora estou só. Acho que estou errada. Ou nem tanto.
Quem sabe, não esteja só. Quem sabe, sua falta me leve a abrir os olhos para outras companhias. Não que vão te substituir. Mas apenas preencher um pouco do espaço.
Quem sabe, eu esteja bem sem você. Eu não precise tanto de você. Eu ainda posso sorrir. Sei que ainda vai voltar. Sei que não quer ficar longe de mim.
É, eu não preciso fazer disso um problema. Posso fazer disso, uma nova porta.
Estou, então, aqui sentada. Admirando esses lindos raios de sol. Eles me fazem sorrir assim como você. Fazem os meus olhos brilharem assim como você. Um momento sereno. Mas não perfeito.
Sim, ainda lembro de você. E ainda sinto sua falta. E isso me incomoda.
Eu te amo. E isso me incomoda.
Mas nem todo problema tem que ser ruim.

quarta-feira, 19 de outubro de 2011

Sentimentos?


Sabe quando dizem que algo pode ficar tão bom a ponto de ser ruim ou de acabar? Pois é.
Senti tanto que agora não sinto mais. E sabe, não é algo tão ruim..
Sentimentos sempre foram a minha queda. Os sentimentos me faziam esquecer da minha vida.
É até melhor. Posso seguir em frente sem problemas. E não me importo de ficar sozinha ou de ter problemas.
Não me importo mais.
Seguindo em frente neste caminho obscuro. Olho para o lado. Olho para o outro. Olho para o alto. Grito e só tenho a mim como resposta.
Olho para frente. Continuo a andar.
Num grande silêncio que me atormenta. Num escuro interminável. Seguindo a luz que está cada vez mais distante. Talvez o topo. Dali, o abismo.
Já não me importo mais com quem eu amo. Ou amava. Ou nunca amei. Pois sempre me disseram que seria eterno. E nada foi eterno. Sendo assim nunca amei. E não espero amar.
Mas não dá para saber se é verdade. Todos são falsos. Todos tem suas máscaras.
Acho que as mentiras boas que falam, é coisa de momento.
Eu já não caio mais. Mas sinto uma dor. A dor nos meus pés que não param de andar. A dor do vazio do meu lado e no meu interior.
Para preencher, escrevo em minha mente sobre a falta de uma luz que me indique a hora de parar. Desorientada. Atormentada. Quase cega. Quase morta.
Sem sonhos, sufocada. Calada. Quieta. Sem expressões. Um olhar fixo. Fixo nessa noite sem nem mesmo a luz da fria Lua. De salto alto. Arrumada. Mascarada. Sem nada, nem ninguém.. apenas eu e minha alma lavada e vazia.
Não que eu me importe..

terça-feira, 11 de outubro de 2011

O fim, o recomeço.


A cada momento uma queda.
A queda que se repete.
E aos poucos acontece.
Minha pele adormece.

Meu coração já não sente mais.
Uma vontade é o que me resta.
Minha mente faz dos meus ossos mais fortes.
Então, acabou a festa.

Meus olhos para sempre cegos.
Nunca mais hipnotizados.
Da vontade, os sentimentos,
ou nunca mais apaixonados.

Porque eu já me acostumei com a dor,
mas nada de cair novamente.
Congelo, então, meu coração,
sempre seguindo em frente.

Ainda há os cavalheiros,
Que tentam me fazer sentir,
O que eu sentia antes,
Do meu coração partir.

Eu só queria que demonstrasse o que tanto diz sentir. Que não fossem só palavras a me iludir.
E eu entendo qualquer motivo teu, mas não deixa de ser uma vontade minha. E dói. Dói muito. Dói mais a cada medida que não é realizada.
E vai me destruindo por dentro enquanto libera incertezas.
Porque te coloquei como o unico que nunca mudaria, em que eu sempre confiaria e que sempre me daria teu ombro.
Que me daria um abraço, ou pelo menos o mais sincero dos consolos. Sinceridade já é uma coisa que não sinto mais.
E no momento que mais preciso, quando não há ninguém do meu lado, teu retrato-falado, some.
E o pior disso, é que não posso te ajudar. Você não pode me ajudar. Não pode se ajudar.
E depende apenas do destino.
Mas eu ainda quero continuar com isso. Porque sei que você ainda está aí, e sairá quando poder.
O que foi prometido jamais será quebrado. E eu sei que não irá me decepcionar.
E pelo amor que tenho, espero ansiosamente por tal momento.
E eu não quero que seja um fim..

quarta-feira, 28 de setembro de 2011

Ódio na vida. Amor após morte.


Um casal. Ela o amava, mas ele não a suportava. Ela estava sempre ao seu lado. Ele falava dela pelas costas.
Numa certa noite, ele sentiu algumas dores e foi se deitar. Enquanto ela, na sala, sozinha.
Um grito. Um pedido de socorro.
“Chame a ambulância, meu amor!”
No silêncio, um desespero. Chamou a ambulância e os amigos. O início de um infarto.
Ele já havia infartado outras vezes. Era velho. Todos achavam que iria ficar bem de novo. Não dessa vez.
Foi naquela noite. Fechou os olhos. Um coração parou de bater. Mil lágrimas a escorrer. Ela guarda as suas ultimas palavras. Um tanto inesperadas. Chora até hoje.
Estranho dessa história, foi que mesmo sem amá-la, foi a ela que ele chamou. E chamou de meu amor. E mesmo ela sabendo que ele não a ama, ainda chora muito por ele.
Como são estúpidas, as mulheres pelos garotos.

Momento.


Aquele momento em que eu me dou conta que estou sozinha.
Aquele momento em que eu percebo que meus amigos não podem me ajudar. Nem mesmo estão aqui.
Aquele momento em que percebo que estou escrevendo enquanto falo sozinha. Por que ninguém está ao meu lado.
Aquele momento que eu me toco que não estou falando sozinha. Estou falando com Deus. O único que me ouve agora. E a unica razão de minhas lagrimas não estarem presentes.
Aquele momento, em que eu sinto falta de um ombro amigo. E entro em desespero procurando por um. Mas não acho.
Lembro-me de que, quando pequena, me disseram que eu não devia chorar. Que chorar demonstrava fraqueza. Além de me deixar feia.
Mas dói. Dói muito. Dói ter que ser forte e bonita toda hora. E ninguém me disse como parar essa dor. E agora.. não tem ninguém para pará-la. E nem me ensinar como parar.
Então aqui sentada, tento conviver com essa dor. Escrevendo. Com Deus ao meu lado. E com lágrimas mortas no salto alto.

Acabou?


Então é isso? Acabou? Sem mais nem menos, chegou ao fim?
Quer dizer então, que foi o melhor período, provavelmente, da minha vida… Que eu dei inúmeros passos ao topo… Que eu estive mais feliz… Acabou?
Como um desenho animado. Eu dava várias risadas, e depois quando eu menos esperava, aparecia “That’s All Folks!”, e era hora de dormir. E eu tinha que me conformar. Era hora de sonhar. Mas dormia bem, porque sabia que ia voltar a rir no dia seguinte.
E agora? Como posso dormir bem, com a incerteza que me corrói por dentro, de vê-lo ou não, novamente? E quando vai ser isso? Isso vai acontecer?
Aconteceu de novo. No momento que estou no topo, com a certeza de que se eu cair, alguém estará lá para me pegar. Mas é exatamente no momento que eu caio, que o tempo tira essa pessoa de lá.
E no momento que você some, o momento bom da minha vida também some. Você sustenta meu castelo. Me faz sentir como uma princesa.
E é nesses momentos ruins, que eu queria você aqui. Do meu lado. Para me colocar para cima de novo. Mas cadê você?
Sua presença me acalma. Você me ajuda. Você me coloca de pé. Você é a luz que me faz seguir em frente. Como se eu tivesse medo do escuro, mas com você lá, o escuro não existe. E o meu medo também não.
E agora, eu tento me levantar, mas sempre caio. Não caio pela fraqueza. Mas sim, pela esperança de que um dia, você irá voltar para o meu lado.

domingo, 18 de setembro de 2011

A vista da princesa.

Olhando pela torre onde estava presa, uma linda princesa estava a pensar.
 
“Ah, me poupe! Aquele inútil, nem para tirar alguém de um castelo serve. Até um bombeiro me salvaria mais rápido que aquele traste. Daqui a pouco, quem vai matar aquele dragão sou eu. Se não fosse por toda a riqueza dele.. Só de raiva, ao chegar no castelo, vou usar e abusar dos luxos, do ouro, milhões de sapatos, milhões de roupas e se aquele filha de uma mãe pensa que eu vou lavar as cuecas dele está muito enganado! Quando eu era babá ou faxineira, me pagavam em vez de me dar cuecas sujas. Vou contratar um empregada e oferecer de salário o mesmo numero de dias que ele me fez esperar. Ele não quer uma princesa, ele vai ter. E vai ter que tratar como uma, ou ele pensa que vai me usar e jogar fora. Ai dele se fizer isso, ele não é o único príncipe por aqui. Ele que se cuide.”

Abaixo assinado

Ilustríssima Vida
Venho por meio deste documento, te pedir que pare de deixar que o amor, o azar, e todos que me cercam te destruir. Também quero te pedir que acabe logo e que enquanto não acaba, me traga alguém já que o Sr. Destino não cumpre com esta função. Peço também que não pare diante de qualquer obstáculo e permita com que eu consiga seguir em frente contigo. Que me leve ao caminho do topo, e não ao do abismo. E que me permita te deixar, com os sonhos que me propôs realizados, e com as coisas boas que me trouxeste, do meu lado.
Muito obrigado.

Seguem as assinaturas:

Eu

sexta-feira, 9 de setembro de 2011

 Alguns dias ensolarados, outros com intenso calor, um nevoeiro de terra, uma leve brisa no teu rosto, um sonar tranquilo na cama. O som do seu coração, o som a tua respiração, algo que me inspira a viver, algo que não imaginava acontecer. Aconteceu derrepente, com medo de se levar, me levei, errei, eu sei, mais sei mais ainda, quanto te amo e não seria capaz de não aceitar alguma decisão tua. É como se metade do meu coração parasse de funcionar, é como se eu ficasse cego de um olho, é como se eu ficasse de cadeira de rodas, é como se ... eu perdi você, é isso. Sorrisos, piadas, brincadeiras, lágrimas, choros, soluços, tristeza, felicidade, saudades, amor, carinho ,afeto, não por muito tempo, mais o bastante que me fez apaixonar por uma pessoa tão incrível como tu és. Sabia o risco que eu corria, mais eu não tive medo e aconteceu o que eu previa, como sempre Deus escreve certo por linhas tortas, mais dessa vez ele pulou uma, que é a linha que faltava eu entender claramente que eu apareci em uma péssima época na sua vida. Esperei muito tempo para Deus colocar uma pessoa certa na minha vida, ela chegou, eu gostei, admirei, apaixonei e decepcionei, me enganei fácil A sua felicidade é a minha felicidade, por fora, naquele tal instante eu estava arrasado, chorando, eu detive as lágrimas, para não te mostrar o quando meu peito ardia, tentei me segurar, pois você mesmo disse que não gosta de me ver triste. Só queria entender, se não queria me fazer sofrer, porque fez ? se não queria me ver triste, porque fez? Algumas coisas não encaixam, confesso que tive e tenho ciúmes de você, porque eu te amo e você nunca acreditou nisso. Eu, sinceramente quero tua felicidade, eu só queria ver você feliz, com outro , com ex ... com alguém que te faça feliz. Só te alertando, se uma pessoa já fez o que fez contigo, ela pode muito bem fazer novamente. Momentos inesquecíveis, momento que não serão fáceis de apagar, momentos que eu lembro eu sorrio eu choro, não tem como segurar.
 A saudade de tudo vai certamente me matar por dentro, mais como dizem, acabou? bola para frente. Não consigo ser amigo de alguém que sou apaixonado, saber que a pessoa que ta lá te abraçando , te dando carinho, poderia ser eu, não irei agüentar ver o que possivelmente poderia ser eu, não é egoísmo, é questão de tempo para mim entender da situação. E eu quero ser teu amigo, o melhor se possível, porque você é exceção, só te desejo boa sorte nesse momento


                                                - Junior Ferrari

O mundo é bipolar?


Eu tava pensando aqui e percebi uma coisa estranha.
Uma briga some em poucos minutos. As pessoas não pedem desculpa.. e nem continuam com a briga.
Porque?
Porque sabem que mesmo pedindo desculpa, irá acontecer de novo?
Falsidade? Interesse? Ou simples peso na consciência?
E assim como uma discussão se vai, volta do mesmo jeito.. Nunca entendi isso.
É como se fossemos bipolares. Uma hora estamos bem, e do nada começamos uma guerra.
Uma hora brigamos, e na outra rimos disso. Nem sequer lembramos da raiva, mas não conseguimos manter a paz.

Amor.



“O que é amor? Isso existe?”
As vezes eu acho que o verdadeiro nome do amor é ilusão.
Mas o tipo de ilusão na qual você mesmo cai, por causa dos outros.
Você começa a ter sonhos, que raramente se realizam.
Quando se realizam, são como um castelo, o qual você constrói, e quando está pronto.. ele desaba, bem na sua cabeça.
Quando não se realizam, deixam algo dentro de você.. Não é uma ferida, muito mais que um buraco. É um tipo de marca chamada decepção.
E essa marca pode levar anos, ou nunca sumir. E quando ela não some, ela deixa escapar lagrimas.. Lagrimas que poderiam ser gastas com a felicidade. Mas não..
Enfim, como palavra.. O que é o amor?
Atualmente é uma palavra comum. Mas, atualmente, ninguém sabe como essa palavra pode doer, ou pode fazer alguém feliz. Enfim, mais uma ilusão.
E mesmo sabendo disso tudo, todos caem nela. Todos nós sabemos que muitos costumam nos iludir com essa palavra, mas quando ela dita a nós, toda a nossa mentalidade se foca nisso. E em nada mais.
O que resulta em decepções, tristeza, e muitas outras coisas ruins. Seria bom se este acontecimento, nos desse mais experiencia e menos sentimentos. Mas apenas nos dá mais sonhos, de que um dia encontraremos alguém que não nos iluda.
“Você já olhou para o alguém do seu lado?”
Olhar, podemos. Este alguém nos amar, talvez. Mas nós vamos iludí-lo? Não.
Simplesmente porque se você nunca olhou, você não o ama. Talvez o ame, masnão como ele quer. Sentimentos não são manipuláveis. Eles nos manipulam.
Sentimentos são quebrados milhares e milhares de vezes no mundo, simplesmente por causa de uma frase que todos nós insistimos em acreditar.
“Eu te amo.”
Essas palavras, são muito fortes. E nos fazem acreditar que aquilo é eterno. O que nos ilude pensando que só porque nos “amam”, não nos farão mal algum.
E todos nos esquecemos, que neste mundo, onde violencia e ódio predominam, a vida é um jogo, onde é cada um por siNão existem alianças, existem trapaças.
(Quer vencer?)
Aliás, o que é um sentimento hoje em dia?

Enquanto os outros se divertem, em seus mundos, estes se fecham para mim e eu consigo brincar apenas com meus próprios fantasmas.
Esquizofrenia? Não. Medo? Nunca tive.
Apenas a vontade de se fechar, para pensar e refletir. Ou para curtir uma música. Ou apenas para poder respirar.
Vontade de não querer ver suas mascaras, felizes e pacificas, que vão derretendo e caindo, enquanto eles não percebem.
Desprezo.
Eu sinceramente não entendo, qual o objetivo disso. Dessas mascaras, dessas palavras vazias.
Não gosto nem que olhem para mim, pois posso ver até demais. Então, escondo isso, com um sorriso, e simplesmente se afastam. Estranho.. não para mim.
Não finjam. Não mintam. Ou não me olhem.
Apenas me deixem, quieta. Em silencio. É melhor para todos.

Algo diferente..

Época de Guerra.

Ao ver o que acontecia lá fora, não aguentou mais. Subiu uma fúria incontrolável dentro de si. Que a fez cometer uma loucura. Pegou todas as armas possíveis, e saiu do abrigo em que se protegia. Em vez de se esconder como todas as mulheres da cidade. Ela quis lutar, como todos os homens. Mas diferentemente, prometeu a si mesma que iria vencer. Queria fazer história. Não queria viver aquela epoca para fazer parte da história dos mortos.
Saiu. E foi andando. Não sabia para onde, mas em frente sempre. 
Teve muitas dificuldades. Passou fome, teve frio. Mas toda a fúria que ela carregava dentro de si era maior.
Encontrou muitos inimigos, lutou muito contra eles. Venceu a todos que encontrou. Sua armas acabaram. Ela só tinha a si mesma, sua experiencia como lutadora, e sua fúria que não seria saciada enquanto não acabasse com todos aqueles que acabaram com sua familia, da qual ela carregava uma foto no bolso.
Quando achou que não aguentaria mais, se ajoelhou, tirou sua foto do bolso, começou a lembrar os momentos bons, e se perguntar se aquilo realmente valia a pena.
De repente, gotas de sangue na foto, ela sentiu que era seu, e vendo a foto com o sangue, se lembrou o porque ela tinha feito aquilo. Não iria descansar até acabar com seu destino.
O sangue foi derramado, por um corte no braço, feito pelo chefe do ultimo grupo que havia sobrado.  Ela se levantou, com o olhar fixo para a frente. Então tirou as duas fitas que amarravam seus cabelos. E antes que eles pudessem matá-la, ela deu um golpe, dois, três, vários.. Usou suas fitas, e como sua fúria, sua força era cada vez maior. Conseguiu uma força incrivel, e em pouco tempo, todos haviam sido derrubados. Menos um. Sim, o chefe.
Este com um sorriso malicioso no rosto, ia pegar uma arma que guardava.
Ela estava fraca, mas a fúria a renovava. Sentindo o a gotas de sangue escorrendo no seu rosto, e indo direto a sua boca. Lembrou que ele era quem mandou matar a todos, e isso incluía sua família.
E antes que ele pegasse a arma, ela o derrubou com uma rasteira, pegou suas fitas, enrolou no pescoço dele, e com uma força totalmente anormal, chegou arrancar sua cabeça.
Ela se levantou. Olhou ao seu redor. Todos mortos. Sem guerra.
Estava com fome, frio, fraca. Mas orgulhosa. Saiu andando como se nada tivesse acontecido. Limpou o sangue da sua boca, abrindo seguidamente, um belo sorriso.
Ela voltou a cidade. Declarou que a guerra havia acabado. Mas estava em péssimas condições. Morreu. 
Morreu feliz, orgulhosa, e com seu objetivo alcançado. Descansou totalmente em paz. Não queria e não fracassou. Ela havia morrido. Mas ainda estava viva na história. Como inspiração as outras mulheres.
 E depois de um grande tempo, quando sua história foi contada. Óbvio. Seu nome destacado, brilhante como seu orgulho, exatamente como estava em sua lápide, representando a tão importante pessoa que foi.

Melhores amigos.

Pessoas especiais, que fazem cada dia especial que nos ajuda e nos dá conselhos. A cada dia mais uma história, mais uma brincadeira, simples ou não, você nunca esquece.
Quando nos conhecemos achamos que é apenas mais uma pessoa, mas não é. É alguém que mesmo que um dia 
não fale mais com a gente, ela deixou uma marca..
E quando se vai, é algo muito estranho. Uma sensação de vazio, é impossível ter ódio de um melhor amigo. É impossível esquecer um melhor amigo. Um melhor amigo é como um irmão, que não importa o que aconteça a marca dele nunca vai sair de você.
O pior de perder um melhor amigo, é que a decepção que deixa te faz lembrar e querer a presença de alguém que te escuta, que te ajudaria, que daria o tempo dele somente para te escutar, e que faria de tudo nesse tempo para te ver sorrir. Que só podia ser aquele que você perdeu.
Mas é como dizem.. “Se ama algo, deixe o livre.”
E por mais que vá doer, está certo.. Não vamos esquecer, nunca, mas não podemos forçar uma amizade. Porque isso somente enfraqueceria a mesma.
Tentar conversar, para compreender o porque e tentar restaurar a amizade, vale a pena, mas apenas se os dois quiserem. Fora isso, o que podemos fazer.
O importante são os bons momentos que passou com um melhor amigo, esteja ele do seu lado ou não.

                               (Joyce F.)

Esse é meu sacrifício por muito te amar:



Caminhar entre as tormentas de um coração apaixonado
E aqui deixado para sangrar até morrer.
Morrer de amor, morrer por você.
Meus pés descalços já não sentem mais o calor da brasa.
Ando pelos vales mais profundos, distantes da minha alma,
Mas não perco a esperança de um dia encontrar novamente o sol.
Eu sou a capitã da minha alma, 
Senhora da minha poesia,
Ladra dos meus sorrisos,
E somente você que era capaz de ser meu.
Só que estás a partir e não penses que vou te chamar.
Se queres ir? Que vá, mas saiba que esta mulher
De coração estilhaçado sabe bem como recomeçar.
E se um dia me ver feliz, voltando a recomeçar,
Não penses que jamais te amei,
Só cansei desse velório que és por ti lutar.

(Wylyfta Cardoso)

Cansei.


Incrível que quando as pessoas precisam de ajuda é como se nós brilhássemos, no meio da escuridão que estas enfrentam. Mas nossa alma, também com seu próprio inferno, é totalmente invisível aos olhos egocêntricos de quem só olha a si mesmo. E depois que a vida deste está em perfeita harmonia, mal se lembram de quem ignora seus próprios obstáculos, para ajudar o outro. Nem mesmo um agradecimento, nem mesmo uma preocupação. Nada.
A bondade não presta, ainda mais quando se é tão inevitável. De ser tão boa, irei acabar matando a mim mesma, por esquecer da minha própria vida, e não ter ninguém para ajudar com ela.
Por trás de um grande sorriso, ninguém vê a garota deitada no escuro, com uma faca cravada em si, sangrando em agonia e procurando seus últimos suspiros para viver ainda na pouca esperança que lhe resta de ter um amigo por perto. Mas esta, quando mergulha em seu profundo sono, vê a sua vida passando diante de seus olhos enquanto fecham na vista embaçada do solitário vazio em que ela está..
E então ela desperta dentro de você, seu sorriso se quebra e se transforma em..
“Sinceramente.. cansei!”
Sim, cansei. Cansei do bom comportamento, da ajuda e da bondade.
Que morram sufocados com suas mágoas, ódio e problemas dentro de si, ou apenas procurem outro diário. Vou mandar um simples alto e sonoro FODA-SE para tudo e todos. Vou relaxar e apenas deixar que restos de sentimentos me matem lentamente, como o mais intenso dos venenos que eu possa curtir.
Desse jogo, levarei aprendizados, como apenas me ajudar.
Conquistas, como consegui evitar o ”inevitável”. E assim mesmo, chegarei no fim. E não vou me matar, mas espero permanecer morta na mente de alguns. E que não tentem me ressuscitar, porque sinceramente..
Cansei.

O que você faz comigo?

Olho para você, e de repente, um sorriso estampado na minha cara.
Vejo seu nome, meu coração dispara.
Falo contigo e meu dia tem cor.
Já não sei de mais nada além de que isso é amor.
(Joyce F.)

"Era tudo tão difícil, tão difícil, que, exausta, eu desisti. Isso não quer dizer que eu deixei de amar. Isso quer dizer que eu desisti de sofrer.
E, quem sabe, também, de causar sofrimento.”
Ana Jácomo.

Hoje..

Hoje, eu não quis acordar, como também não quis dormir o dia inteiro.
Hoje, acordei para falar com você.
Hoje, senti muito sua falta.
Hoje é um dia que me deixou triste.
Hoje me desanimei.
Hoje está frio e chovendo.
Hoje queria estar do seu lado, em seus braços.
Hoje não tenho um pressentimento bom.
Hoje, não quero te perder, nem por um segundo.
Hoje está chato e entediante.
Hoje, quero teu toque.
Hoje, não é possivel.
Hoje, fico pensando em você.
Hoje, não consigo me olhar no espelho.
Hoje, não tenho animação a nada.
Hoje, escuto músicas calmas deitada na cama.
Hoje, apenas quero me dar o esforço de estalar os dedos no ritmo.
Hoje, sinto paz e agonia ao mesmo tempo.
Hoje, não sei do que falo, ou escrevo.
Hoje está tudo “de repente”.
Não só hoje…

“Eu sou a que no mundo anda perdida,
Eu sou a que na vida não tem norte,
Sou a irmã do Sonho, e desta sorte,
Sou a crucificada.. a dolorida..
Sombra de névoa ténue e esvaecida,
E que o destino, amargo, triste e forte,
Impele brutalmente para a morte!
Alma de luto sempre incompreendida!
Sou aquela que passa e ninguém vê…
Sou a que chamam triste sem o ser…
Sou a que chora sem saber porquê…
Sou talvez a visão que Alguém sonhou,
Alguém que veio ao mundo pra me ver
E que nunca na vida me encontrou!”
(Florbela Espanca)

O amor é lindo. Ou não.



Eu nunca acreditei no amor. Até que veio alguém que me mostrou que este é real.
Ele é tão fofo, incrivel e único. Ele me diz coisas lindas, e prometeu que vai me dar uma vida feliz, e eterna ao lado dele. Diz que morreria sem mim, mas por mim ele morreria, só para me ver bem. Ele diz que sou linda de qualquer jeito, sou perfeita sendo eu mesma.
Eu também sou muito fofa com ele, digo coisas maravilhosas, invento apelidos fofos, e digo que só ao lado dele mesmo que quero estar. Falo que se ele morresse por mim, eu iria me matar só para ficarmos juntos novamente. Digo também, que ele também é perfeito, desde que seja ele mesmo.
Incrivel como temos coisas em comum, nos amamos, dizemos coisas lindas, também nunca levaremos o amor a sério e sabemos mentir muito bem.
Ele sabe que não aguentaria ficar ao meu lado quando eu perdesse meu corpinho e rostinho perfeitos.
E eu sei que não aguentaria ficar ao lado dele quando ele fosse um velho babão, que não tem mesmo o que fazer da vida.
Nós sabemos que nos trocaríamos até por uma nota de 10 reais, ou que mataríamos um ao outro para nos dar bem.
Ele sabe que acha e me trocaria fácil por qualquer garota mais bonita que eu que ele visse por aí, e vice-versa.
Nós somos tão fofos, nos manipulando e tentando fazer com que um acredite no outro, para fazer de besta. E nós sabemos que não acreditamos em nada, que nossa palavras são vazias, que poderíamos dizer isso a qualquer um e que não confiamos um no outro. Sabemos que nos desprezamos que quando nos encontramos mal vemos a hora de nos deixar e falar mal um do outro, para os amigos. Sabemos que o amor eterno e verdadeiro não existe. Sabemos que palavras bonitas são as máscaras que realmente amamos.
É.. ele realmente me enlouquece.. 

                                                                                 (Joyce F.)

Eu sempre pensei na possibilidade de um fim. Não me pergunte o porquê. Mas eu só pensava, era apenas uma possibilidade.
Num momento de loucura, penso e tento por isso em prática. E eu não me importaria, pelo menos eu pensei que não.
Mas no momento em que supôs esse fim, me veio que naquele momento poderia ser o fim dos meus planos, fim da minha felicidade, praticamente, fim de tudo.
Fim de ter uma razão para acordar de bom humor, o fim de esperar alguém que se importa comigo, e que gosta de mim, não importa o que eu faça. Fim de tudo o que foi e é bom na minha vida.
Vi que ainda queria contato comigo, o que me fez concluir que você ainda gostava e se importava comigo. E naquele mesmo momento, quando disseste que teria que ir, eu caí na realidade. Entrei em desespero, disse para esperar. E foi aí que me toquei. Eu não podia dormir em paz sabendo que você poderia ficar com esse fim na mente, e eu com a idéia de isso ter acontecido. Lembrei então que em todas as possibilidades na minha mente, tinham um fim triste, que me fazia chorar e pior, fazia você chorar.
E então, me perguntei: Porquê?
Porque tô fazendo isso? Com você, e até comigo mesma? Qual seria o problema que poderia me trazer ao fim desses planos.
Enfim, me toquei que se tudo isso tinha vindo a minha mente, é porque seu sentimento é correspondido, então. Não havia problema algum.
E no ultimo minuto, foi como as possibilidades que vinham a minha mente; eu a cortei. Cortei tudo que havia dito, e só consegui dormir em paz por saber que você ainda me ama e eu a você.
E agora, não tenho como falar com você para relembrar isso. Mas, quem sabe eu até não precise. Você sabe. 

quarta-feira, 7 de setembro de 2011

Vida.

Viver é descobrir. Descobrir o que é sentir, e o que é sentimento. O que são e como funcionam as coisas. Quase como um jogo, só que com totais detalhes. E você tem somente uma partida.
Descobrir qual passo dar de cada vez. É pelo menos uma vez na vida, dar um passo seguindo as várias luzes que apontam o caminho obscuro, e descobrir que cabe a você pegar um atalho ao caminho claro, ou jogar toda sua corrida no abismo.
É descobrir que obscuro ou não, todo caminho tem seus obstáculos. É tropeçar, cair, ou até ser empurrado ou empurrar. Mas nunca ficar no chão. E quando não conseguir se levantar, saber que tem alguém que fará questão de te carregar nos braços, até que possa seguir por si mesmo. Também lhe dar com a dor de saber que este alguém pode ou não continuar do teu lado.
Viver é chorar e parar por uma unica lembrança de lágrimas de alegria.
Saber que uma dor de vez em quando pode deixar tudo melhor. Ou que está doente e que tem pessoas para cuidar de você.
Viver é formar e compartilhar idéias. Mudar um simples lugar ou mudar o mundo.
Viver é encontrar alguém que te complete, ou descobrir que você não precisa ser completo. Ou que vai ser um dia. Não se tocar que disse que encontrará alguém como o que te deixou e que isso é uma besteira.
É se sentir de ferro, e ser frágil a agua, como o papel.
É mudar várias vezes, e perceber que o seu jeito é unico.
É estar em revistas, ou admirar vitrines. Ser o melhor, ou pior, mas nunca inútil.
É dizer que é ruim aprender, e acordar, se olhar no espelho e se admirar pelo que sabe.
É brigar, é lutar, e ao mesmo tempo manter a paz.
Receber um beijo de boa noite dos pais na memória, enquanto dá um nos próprios filhos.
É ter gostos diferentes. Se vestir como quer, ouvir o que quer ou se vestir como os outros diante do teu gosto.
Experimentar os bons e ruins e descobrir o que te vicia.
É pelo menos uma vez, se matar de chorar em público, e sorrir em casa por ter alguém que se importou com você.
É odiar alguém que nunca esqueceu. É confundir pensamentos e sentimentos. Se arrepender, ou se orgulhar.
Ser preso no passado, e rir disso com sua humilde familia. Ou lutar contra as autoridade e chorar no esquecimento.
É enfrentar armas com flores, sem ter noção do que faz apenas para ser escutada.
Criar uma possibilidade impossivel, que se torna um sonho realizado.
E fazer qualquer loucura para realizar seus sonhos.
É o jogar de chapéus de formatura, olhando para o seu destino. É o solo de uma guitarra te fazendo delirar ou a leve melodia de um piano te levando a lugares desconhecidos.
É ter amores impossíveis e neste encontrar vários sapos, e acabar com o plebeu que você reconheceu como o principe imperfeito da sua vida.
É pensar em bilhões e bilhões de anos em menos de um minuto.
Fazer teorias, ter pensamentos, revolucionar o mundo.
É finalmente descansar e olhar para o mundo que criou, com as pessoas com quem andou e saber que seus netos estão andando com os netos destas, por este mundo.
É se olhar no espelho, cansado, feio, velho, enrugado, sem lembrar de nada e ainda assim, sorrir.
É o ultimo piscar de olhos, o ultimo suspiro ao deixar este mundo na mãos daqueles que farão sempre mais que seus antecedentes. Fechar os olhos e abrir pela ultima vez, de mão dada com a pessoa ideal e soltando a da sua vida.
É olhar para as estrelas brilhantes, e num minuto estar olhando de lá.

Primeiro post! õ/

É, o primeiro post mesmo. Só isso. '-'