quinta-feira, 15 de novembro de 2012

Esgotada.

Os olhares.
Não aguento nem o do meu espelho.
As vozes.
Distorcem dores em minha mente.
Os passos.
Seguem o meu caminho.
As ruas que eu gostaria de passar sozinha.
Elas estão cheias. Estão pesadas.
As preocupações me atingem ao outro lado da porta.
Teus pensamentos através dos olhares acorrentam a minha alma.
Eu não quero sair. Não quero as pessoas. Não quero o mundo lá fora.
Meu verdadeiro problema são as pessoas.
Passo o dia só.
Longe de tudo.
Vivendo pelos cantos.
Minha chave empoeirada, não quero ouvir seus ruídos.
Ando quieta para não ter que ouvir nada dilacerando a harmonia do silêncio.
A solidão traz consigo uma sensação de paz.
Tudo o que eu quero agora.
Mente isolada.
Olhos fechados.
Boca calada.
Corpo parado.
Dissecando um som qualquer me trazendo um mínimo sorriso ou a pior tragédia.
Uma pequena sensação de vida.
Enquanto eu tento morrer.
E que a solidão segure minha mão, antes que eu caia em solo mundano.

terça-feira, 13 de novembro de 2012

Minhas mortes.

Ando no escuro, para não ser encontrada.
Sem medo de doer, procurando cair.
Me adoeço com a melancolia.
Me mato com a solidão.
Me mantenho no buraco o qual carinhosamente chamo de tumulo.
E espero o fim dos dias ali.
Eu injeto a agonia em minhas veias.
E a deixo correr por todo o meu sangue.
Me torturo.
Me afogo na minha própria morte.
Bebo o mais lento dos venenos e me embriago com a minha dor.
Me jogo de penhascos por diversão.
Eu estou no meu abismo.
Apenas me deixando cair.
Ignorando qualquer chance de subir.
Esperando a hora de partir.
E eu me drogo.
Sendo minha droga, eu mesma.