Em quatro paredes. Sufocada.
Nesse mar de angustia, me devora a solidão.
Este lugar se encontra cada vez menor.. Cada vez menor, fechando-se.
Me relaxa o som das ondas, me faz sonhar as gaivotas a voar.
Enquanto meu olhos se fecham, o desespero retorna.
Tem alguém para me tirar daqui?
Sinto algo me puxando.. mas me puxando para baixo..
O amor me puxa e agora eu desejo estar entre quatro paredes.
Mas isso não é o amor. Ilusão.
Eu posso lutar contra isso. Subi de volta as quatro paredes.
Uma porta se abre. Posso sair daqui.
Alguém me puxou e estou finalmente livre. Este foi o amor, e então..
(Acorde, acorde.)
Ouço vozes que distorcem minha visão para um escuro profundo.
Há algo melhor que sonhar. Vencer.
Vencer tal realidade na qual me encontro caminhando num infinito.
O infinito não acaba, mas muda. E eu acredito, que esta realidade um dia será semelhante ao que, por enquanto, eu chamo de sonhos.
No momento estou livre. Livre para caminhar entre grades.
E são os sonhos que me dão tal liberdade. Tal vontade de buscá-la.
E eu acredito nesses sonhos. Preciso de um motivo para continuar.