domingo, 23 de outubro de 2011

Reality of a dreamer.

Em quatro paredes. Sufocada.
Nesse mar de angustia, me devora a solidão.
Este lugar se encontra cada vez menor.. Cada vez menor, fechando-se.
Me relaxa o som das ondas, me faz sonhar as gaivotas a voar.
Enquanto meu olhos se fecham, o desespero retorna. 
Tem alguém para me tirar daqui?
Sinto algo me puxando.. mas me puxando para baixo..
O amor me puxa e agora eu desejo estar entre quatro paredes.
Mas isso não é o amor. Ilusão.
Eu posso lutar contra isso. Subi de volta as quatro paredes. 
Uma porta se abre. Posso sair daqui.
Alguém me puxou e estou finalmente livre. Este foi o amor, e então..
(Acorde, acorde.)
Ouço vozes que distorcem minha visão para um escuro profundo.
Há algo melhor que sonhar. Vencer.
Vencer tal realidade na qual me encontro caminhando num infinito.
O infinito não acaba, mas muda. E eu acredito, que esta realidade um dia será semelhante ao que, por enquanto, eu chamo de sonhos.
No momento estou livre. Livre para caminhar entre grades.
E são os sonhos que me dão tal liberdade. Tal vontade de buscá-la.
E eu acredito nesses sonhos. Preciso de um motivo para continuar.

sábado, 22 de outubro de 2011

Nem todo problema tem que ser ruim.


Acordo. Respiro fundo. Vejo o brilho dos raios de sol que me despertam num dia lindo. Mas estou solitária. Estou sem você.
Talvez, possa esse ser o melhor dia da minha vida, só que você não está presente. Talvez, não seja este o melhor dia da minha vida. Talvez, não seja você o melhor do meu dia.
As músicas que ouço, cada coisa que vejo, me traz você e sua ausência a minha mente. Não faz muito tempo que não lhe vejo. Mas já é muita falta que sinto.
Talvez, porque nada do mais perfeito se compara ao momentos que estou em teus braços.
De repente, lembro de bons momentos que me trazem sorrisos, até que lembro que foram apenas sonhos. Então, meu sorriso desaparece deixando no seu espaço, sua ausência.
Sem você, sinto que estou só. Pois você sempre foi aquele que nunca me deixou. Minha real companhia.
Mas agora estou só. Acho que estou errada. Ou nem tanto.
Quem sabe, não esteja só. Quem sabe, sua falta me leve a abrir os olhos para outras companhias. Não que vão te substituir. Mas apenas preencher um pouco do espaço.
Quem sabe, eu esteja bem sem você. Eu não precise tanto de você. Eu ainda posso sorrir. Sei que ainda vai voltar. Sei que não quer ficar longe de mim.
É, eu não preciso fazer disso um problema. Posso fazer disso, uma nova porta.
Estou, então, aqui sentada. Admirando esses lindos raios de sol. Eles me fazem sorrir assim como você. Fazem os meus olhos brilharem assim como você. Um momento sereno. Mas não perfeito.
Sim, ainda lembro de você. E ainda sinto sua falta. E isso me incomoda.
Eu te amo. E isso me incomoda.
Mas nem todo problema tem que ser ruim.

quarta-feira, 19 de outubro de 2011

Sentimentos?


Sabe quando dizem que algo pode ficar tão bom a ponto de ser ruim ou de acabar? Pois é.
Senti tanto que agora não sinto mais. E sabe, não é algo tão ruim..
Sentimentos sempre foram a minha queda. Os sentimentos me faziam esquecer da minha vida.
É até melhor. Posso seguir em frente sem problemas. E não me importo de ficar sozinha ou de ter problemas.
Não me importo mais.
Seguindo em frente neste caminho obscuro. Olho para o lado. Olho para o outro. Olho para o alto. Grito e só tenho a mim como resposta.
Olho para frente. Continuo a andar.
Num grande silêncio que me atormenta. Num escuro interminável. Seguindo a luz que está cada vez mais distante. Talvez o topo. Dali, o abismo.
Já não me importo mais com quem eu amo. Ou amava. Ou nunca amei. Pois sempre me disseram que seria eterno. E nada foi eterno. Sendo assim nunca amei. E não espero amar.
Mas não dá para saber se é verdade. Todos são falsos. Todos tem suas máscaras.
Acho que as mentiras boas que falam, é coisa de momento.
Eu já não caio mais. Mas sinto uma dor. A dor nos meus pés que não param de andar. A dor do vazio do meu lado e no meu interior.
Para preencher, escrevo em minha mente sobre a falta de uma luz que me indique a hora de parar. Desorientada. Atormentada. Quase cega. Quase morta.
Sem sonhos, sufocada. Calada. Quieta. Sem expressões. Um olhar fixo. Fixo nessa noite sem nem mesmo a luz da fria Lua. De salto alto. Arrumada. Mascarada. Sem nada, nem ninguém.. apenas eu e minha alma lavada e vazia.
Não que eu me importe..

terça-feira, 11 de outubro de 2011

O fim, o recomeço.


A cada momento uma queda.
A queda que se repete.
E aos poucos acontece.
Minha pele adormece.

Meu coração já não sente mais.
Uma vontade é o que me resta.
Minha mente faz dos meus ossos mais fortes.
Então, acabou a festa.

Meus olhos para sempre cegos.
Nunca mais hipnotizados.
Da vontade, os sentimentos,
ou nunca mais apaixonados.

Porque eu já me acostumei com a dor,
mas nada de cair novamente.
Congelo, então, meu coração,
sempre seguindo em frente.

Ainda há os cavalheiros,
Que tentam me fazer sentir,
O que eu sentia antes,
Do meu coração partir.

Eu só queria que demonstrasse o que tanto diz sentir. Que não fossem só palavras a me iludir.
E eu entendo qualquer motivo teu, mas não deixa de ser uma vontade minha. E dói. Dói muito. Dói mais a cada medida que não é realizada.
E vai me destruindo por dentro enquanto libera incertezas.
Porque te coloquei como o unico que nunca mudaria, em que eu sempre confiaria e que sempre me daria teu ombro.
Que me daria um abraço, ou pelo menos o mais sincero dos consolos. Sinceridade já é uma coisa que não sinto mais.
E no momento que mais preciso, quando não há ninguém do meu lado, teu retrato-falado, some.
E o pior disso, é que não posso te ajudar. Você não pode me ajudar. Não pode se ajudar.
E depende apenas do destino.
Mas eu ainda quero continuar com isso. Porque sei que você ainda está aí, e sairá quando poder.
O que foi prometido jamais será quebrado. E eu sei que não irá me decepcionar.
E pelo amor que tenho, espero ansiosamente por tal momento.
E eu não quero que seja um fim..