domingo, 16 de junho de 2013

Embriagada.

Novamente, quem diria,
jogada pelas esquinas.
Pelas ruas escuras.
As lágrimas inquilinas.

Procurando um pouco de comédia de bar,
e dose dupla de ilusão e alegria.
Esperando que a noite solitária
me faça ignorar o dia.

Que mal faz um pouco de amnésia?
Venenos que me matam até o outro dia,
Até que eu acorde,
esperanças cheias de ironia.

Garçom, traga-me a garrafa
e outra dose, por favor.
Esse copo está cheio de lágrimas
e vazio de amor.

Mas o que importa estar só,
se amanhã não lembrarei de nada.
Minha solidão pagará a conta,
voltarei de manhã embriagada.

Que eu me lembre o endereço,
pois telefones não vão me adiantar.
E que eu não precise de ambulância,
pois sozinha vou estar.