sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

Jogos.


Esse era o plano.
Brincar com meu coração, com meus sentimentos.
Desse jogo, eu sou a peça. Meus sentimentos são os adversários.
Ele está vencendo.
Ele sabe meus pontos fracos. Ele sabe como me derrotar. Derrotar de um forma tão doce, suave e serena.
É quase irresistivel me perder ao jogo dele.
Ele só não venceu ainda por um unico fato.
Uma falha no jogo; ele não esperava que o jogo fosse levado a sério.
Agora, a peça não quer, não pode e não vai sair. A peça gosta de ser derrotada. A peça virou sua pior adversária.
Adversária que ele criou. Ser derrotada nunca foi tão bom e vencer por isso, melhor ainda.
Ele sabe que a peça é dele. Os meus sentimentos viraram sua própria peça contra ele. Uma armadilha.
Mas ele não pode destruir sua peça. E não pode deixar que ela o vença. Ele acaba de virar sua peça.
Ela não vai deixar que termine esse jogo.
O jogo só acaba quando morrem os reis. Ele é um rei. Ela o protege. Não quer que ele morra.
Ele quer vencer. Mas só pode vencer perdendo.
Um ciclo vicioso.
Cabeças rolam ao decorrer do jogo. E depende, somente dela que rolem.
Mas ela não se move. Assim, num reflexo, o jogo todo para por causa dela. A peça. A peça venceu o jogo. Virou. Dominou. Venceu.
Os adversários agora estão parados, na palma da mão dela.
Mas esse não é o objetivo? Ganhar com todas as peças? Ela ganhou todas as peças. Todas as peças se resumem, agora, a ela.
O curso do jogo mudou. Ele se rendeu sem saber. Deixou se mover por ela como ele a movia.
Esse jogo não recomeça, só tem um começo e um fim. Tome cuidado com o que e como joga. Os movimentos. Reflexos. Tempo e local é essencial.
Olhe isso, faça aquilo, pense bem, mas pense rápido. O tempo corre e o jogo também. Não pare no mesmo lugar se esse for o errado. 
Ah, a vida e seus jogos.

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