domingo, 27 de novembro de 2011

Liberdade ilusória.


Eu sinto falta dele.

(Corra atrás.)

Mas eu não quero, gosto de ser livre, não gosto de coleiras.

(Mas então, você ainda quer se prender a coleira dele, ao invés de esquecer, minha querida, você está livre! Se não gostas de coleiras então esqueça a que te prendia e te fazia sofrer. Mas se gosta de um único dono, saiba se conformar que nada é perfeito.)

O problema é que eu gosto dessa coleira, ela se tornou especial. Uma exceção a minha regra. Só que a coleira machuca.

(É aí que entra que nada é perfeito. A coleira machuca mas é especial. E porque é especial?)

Porque eu me apeguei a essa coleira.. Ela me conforta.

(Te conforta e te machuca. Ou seja, ela te dá algo que você quer, e também te tira algo que você tinha. E agora, você tem que medir..
..O que você mais quer? O que a coleira te deu, ou o que ela te tirou?)

O que ela me deu.

(Então corra atrás.)

Só que a cada aperto eu vejo o que perdi.

(Daí temos uma contradição: quando você tem o que ela te deu, você quer o que perdeu; Quando tem o que perdeu, sente falta do que ela te deu.)

Ela me sufoca e nesse sufoco eu quero a liberdade de volta.

(Mas não há liberdade se você se prende emocionalmente a ela. A sua liberdade no momento, depende somente de ti.)
       
                                                                                        (Mrs. J e L. Oliveira)

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