sábado, 2 de maio de 2015

Venha me ver.

O telefone não toca,
o mundo não para,
nós esperamos tanto,
e tanto quebramos a cara.
Cadê você enquanto o sol se vai,
cadê você quando a morte vem?
Venha me ver essa noite,
só você me faz bem.
Eu acendi as velas,
o café quase frio e bem forte,
usei seu perfume na casa toda,
um cheiro gentil de morte.
Entre quando quiser,
preciso tanto de você,
as estrelas estão me observando, sozinha,
porque você não vem me ver?
Venha logo, está de noite.
A porta, eu nem fecho mais.
A luz da lua reflete no chão,
galáxias irreais.
Venha comigo e fique aqui,
Em meus braços, esta noite.
Talvez não estejam tão quentes como antes,
mas vais estar comigo até a morte.

Nenhum comentário:

Postar um comentário