sábado, 2 de maio de 2015

Sem ninguém.

É incrivel a quantidade de vezes com que isso se repete.
É incrivel a quantidade de vezes que me repito a isso.
Como sempre, deitada sozinha. Deitada no escuro. Chorando no escuro.
Sem ninguém.
As vezes, me conto minhas próprias histórias.
Por vezes, choro comigo.
E passo essas noites conversando com o silêncio.
O silencio me escuta. É o mais doce som que nunca ouvi.
E eu deixo que o meu travesseiro retire as lágrimas do meu rosto.
Para que eu possa rever a luz da sala pela porta pouco aberta.
E olhar, como se eu nunca tivesse visto antes.
Como se eu não soubesse do mal contato de seus fios.
E eu vou lá de novo.
Com uma expressão limpa de quem nunca sofreu nada.
Com uma expressão limpa como consequencia de quem já sofreu muito.
E eu finjo que sorrio. E finjo que consigo sorrir. Que sou feliz.
E fico feliz por fingir isso.
Para aguentar tanto com um sorriso desnecessário. Fingir que tenho pessoas do meu lado.
E terminar no mesmo quarto escuro.
Deitada no escuro.
Chorando sem ninguém.

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