sábado, 2 de maio de 2015

Talvez.

Talvez, a escuridão, sejam as janelas fechadas.
Que um dia eu fechei e esqueci de abrir.
Talvez, a depressão, sejam as minhas correntes,
num museu de melancolias em que me prendi.

Talvez, a ilusão, sejam as portas.
Com rachaduras por onde ainda passam alguns sorrisos distorcidos.
Restos de sorrisos, que eu nunca mais vi.
deixei de sentir por mais alguns corações partidos.

Gênio insignificante, talvez seja quem sou.
Nunca pelos holofotes, mas pelo palco sombreado.
Talvez, os melhores poemas,
venham de um qualquer embriagado.

Talvez, eu não seja o que querem por aí.
Talvez, eu seja o que não deve ser querido.
Talvez, não seja chamar a atenção de quem não me ouve.
Talvez, seja a obra deixando o asfalto colorido.

Talvez, seja a cidade citando poemas estúpidos,
talvez, seja um estúpido recitando poema.
Talvez, seja apenas um drama de teatro.
Talvez, seja tudo ou nada, o meu dilema.

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