sábado, 2 de maio de 2015

Primeira manhã.

Essa é a primeira manhã em que acordo cedo.
Em que acordo com a luz da manhã contra meu rosto.
Essa é a primeira manhã que levanto.
Sem rodeios e sem medo de abrir a porta do quarto.
Essa é a primeira manhã que respiro.
O ar frio antes dos calorosos raios de sol se revelarem por trás das nuvens.
Que me purifica a alma sob o controle da preguiça.
Essa é a primeira manhã de um novo dia.
Que me sinto feliz por acordar.
Que anseio por sair no mundo através das janelas.
Essa é a primeira manhã que acordo sem medo.
Sem medo de andar e tropeçar.
E de não poder mais me levantar.
Sem medo de que algo faça com que as nuvens voltem.
E que me traga a escuridão, antes que a noite me traga as estrelas.
Essa é a primeira manhã em que acordo.
Criando diálogos de uma voz só.
Criando o trajeto de um dia bom.
Essa é a primeira vez que vivo.
Sinto com as minhas mãos,
a chuva molhando meu rosto,
quem sabe, adoecendo meu corpo.
Essa é minha primeira manhã.
Sozinha.

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