sábado, 2 de maio de 2015

Hospício.

um gosto horrivel de remédio-dia-todo
todo dia.
não consigo mais diferenciar os dias.
quem dirá horas.
tá na hora de ir.
mas não tenho hora de partir.
e nem sei se vou voltar.
de uma viagem de voltas e voltas por qualquer lugar.
ando pouco e paro muito no mesmo lugar.
um lugar que eu ainda preciso conhecer,
mas já cansei de acordar e reconhecer as mesmas paredes
as paredes tão baixas que nunca consegui pular,
as janelas fechadas por que sempre fugi.
eu sempre quis sair daqui.
mas nunca sai de lá.
daquele chão maltratado.
me enterrei no ar.
perdi os meus versos,
encontrados ao inverso,
larguei os meus amigos,
vultos de solidão.
acho que fiquei louca,
isso é completamente normal
num manicômio de insanos mentais,
que internaram o coração.

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