quarta-feira, 2 de maio de 2012

Partículas de luz.

A calma. Me acalma a lentidão de cada segundo.
Os amontoados de cada partículas. Por imaginação, por pouco consigo as enxergar.
E então vejo o mundo de vidro que formam.
Vejo o sol sendo censurado injustamente por alguns prédios injustamente, ao tempo que ainda luta pelo teu lugar nos brilho dos olhos de uma pessoa qualquer. Clama por tua atenção.
Mas nesse mundo, só habito eu.
Deslumbrada por tal paisagem, saio de mim e só vivem os meus olhos.
Sons de um programa da tarde qualquer. Mas eu não dou a minima. Posso ouvir os sons daquela imagem.
E algo tão rotineiro, consegue ser tão perfeito.
Uma obra de arte rara, fora de tela.
Que tampouco brilha através de algumas camadas de janelas.
E ainda consigo ver uma dança mágica entre cada de várias partículas de um raio de sol.
E consigo sentir um sorriso, que levemente esbarra em meu rosto e o contagia, se fazendo ao que se desfaz em seu meio. Mas eu não dou a minima. Vejo o sol sorrindo pra mim.
Hipnotizada, parto em passos em direção a um paraíso cotidiano.
E sem tirar os olhos da tinta, dou o acabamento da mais bela pintura que já vi, feita pela natureza.
Me liberto deste mundo de vidro, em paredes quebradas liberto-me a alma, liberto-lhe os raios fazendo de mim tua vitória-régia.
E me deixo mergulhar e afundar em teus raios ao me encontrar em pontes que não existem.
Roubei um pouco de tua atenção. Iluminaste meu sangue. Foste o caminho para minha alma enganada.
Mas acalma-te. Terás teu brilho de volta amanhã de manhã.
Por que todos tem seu final feliz.

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