domingo, 20 de maio de 2012

Parei.

Eu não sei de mais nada.
Eu não sei se me importo com as pessoas. Não sei se tenho capacidade de me importar.
Não sei se amo ou se odeio. Não sei se sorrio chorando ou choro sorrindo.
Eu mal sei se sinto algo, ou se nunca deixei de sentir.
Eu não se estou viva ou morta, não faz mais diferença.
Eu acho que voltei.
Voltei aquela vida de morta viva que eu tinha.
Me enganando ao brincar de não sentir nada.
Fazendo meu papel de psicopata, sem arrancar aplausos.
Bons motivos constroem meu inferno.
E pouco me importo com o mundo que me cerca.
Até que alguém quebre essa casca, esta é minha atual teoria.
Por olhos inversos se perdem os versos.
Eu não tenho ninguém ao mesmo que não quero ninguém mas preciso de alguém. 
Eu não tenho nada ao mesmo que não quero nada mas preciso de algo. 
Eu não sinto ao mesmo que não quero sentir mas preciso sentir. 
Eu vivo ao mesmo quero morrer mas preciso viver.
Eu desisti de meus passos, dos meus palcos, topos e quedas. Eu desisti o meu caminho e do meu abismo. De minhas palavras e de minha letras. Meus sons, minhas vozes e meus gritos de guerra. Frente e inverso não existem mais. Eu desisti de viver. Mas desisti demais de mim para me matar.
Eu simplesmente acho que nada vale a pena. Mas como é só uma incerteza eu parei pra algo me encontrar e me dar a certeza do que vale ou não.
Eu parei no caminho. Eu parei as pessoas. Eu parei meu tempo. Eu parei meus versos. 
Eu simplesmente parei.




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