segunda-feira, 7 de maio de 2012

Eu, ela.

Em roupas sóbrias ela se monta.
Numa maquiagem natural de um rosto perfeito, eu a vejo.
Em enorme silêncio, escuto sua voz.
No escuro, vejo seus olhos brilharem.
Na raiva, vejo sua beleza.
Na tristeza, vejo minha dor.
Na felicidade, tenho nossos sorrisos.
E só nos falta nosso amor.
Vejo o espectro solar a cada centímetro do seu ser.
E ela os reflete dando o arco-íris a minha vida.
Extremidades por aí, a vejo isolada.
Calma, quieta e calada.
E por mais silenciosa que seja, seus passos me dão a mais linda melodia.
As batidas do seu coração, a batida perfeita.
Certa vez que me vejo nesta sala.
Cheias de manequins. Dançando com a maior variedade de vestidos. São apenas vitrines. Vitrines sem mente. Sem alma. Sem vida.
É como se estivesse sozinho. Mas eis que as luzes do salão se apagam. A balada se silencia.
Posso ouvir aquela melodia. E logo vejo seu sorriso iluminando todo o lugar que apenas para mim se apagara naquela hora.
Os holofotes são meus na hora que me lançou seu olhar.
A festa é minha, quando vem na minha direção.
Ela passa despercebida na multidão.
E, por fim, no beijo nada mais está lá.
Eu, ela.
Só o meu mundo está lá. E está segurando minha mão.


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