segunda-feira, 14 de maio de 2012

Desastres da ignorância.

Portas trancadas.
Janelas empoeiradas.
Chão sem vozes.
Nada de passos.
Calçadas vazias.
Ruas dizimadas.
Sem som. Sem musica.
Ignorada e esquecida.
Ela caminha por uma cidade fantasma.
Bombas de ódio a fizeram e transcreveram esse momento.
Todos mortos.
Ela, desorientada.
Desastres da ignorância de alguém.
Ela questiona e só ouve o eco por sua mente. De sua própria voz.
Se a guerra fosse uma opção, neste momento, ela havia dito não.
Mas não dá para mudar uma causa, quando já se tem sua consequência.
E atrasar relógios já não adianta mais.
Fotos que derretem rostos. Destroem momentos.
O cenário irreconhecível.
E assim que ela continua.
Apenas esperando a próxima bomba que venha contra si.
Admirar o próximo funeral.
Flores mortas no próximo tumulo.
Tumulo este perdido. Perdido e sem lugar.
Porque agora, o mundo é seu cemitério.
Mais ódio. Mais guerra.
Mais passos.
Apenas esperando a próxima bomba de ódio.

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