Cortes na vertical, diagonal. A estrada pro sofrimento.
Cortes sobre histórias, cortes sobre lamentos.
Lágrimas a escorrer, e a formar um riacho de sangue.
Lembrar-se do motivo é o mais lamentável.
Cortes sobre histórias, cortes sobre lamentos.
Lágrimas a escorrer, e a formar um riacho de sangue.
Lembrar-se do motivo é o mais lamentável.
As palavras, lembranças e a dor cessam enfim.
Os cortes transcendem no pulso, o que um sorriso disfarça.
Não olhe para trás. Disfarcem os cortes, mas o rastro de
sangue sempre fica atrás, seguindo-o. Quem dera tentar, novamente um pulso sem
marcas, e um coração sem dor.
Jamais imaginei que isto era melhor que sofrer, pois o
sangue que escorre esvaece com as lembranças deixadas pelo sofrimento.
Os cortes ardem, e você a chorar. Esqueça o motivo. A lâmina
no chão, o sangue a escorrer. Um perigo lhe aguarda.
Paraste enfim de chorar. Começa a adormecer.
Para alguns essa é só a primeira de muitas outras vezes, e
para outros, essa é a última de muito sofrimento.
As
lembranças esvaecem com as marcas deixadas em você.
Mas seu coração nunca esquece o que seus olhos viram.
Seu pulso cortado. Seu sangue a coagular.
Um olhar ingênua para quem pensa que foi só um machucado.
Uma dor intensa para quem agora, tem seu coração, por lâminas, marcado.
Mas seu coração nunca esquece o que seus olhos viram.
Seu pulso cortado. Seu sangue a coagular.
Um olhar ingênua para quem pensa que foi só um machucado.
Uma dor intensa para quem agora, tem seu coração, por lâminas, marcado.
(Jho Brunhara)
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