terça-feira, 26 de junho de 2012

Incapaz.

Fixação.
Da tristeza em mim.
Das lágrimas ao meu rosto.
Enquanto inalo toda a arrogância que está no ar.
Me preencho do vazio.
Encho minha boca de mentiras enquanto tenho a verdade entalada na garganta.
Sofro calada, pois é feio falar de boca cheia.
Me engasgo, mas permaneço no silêncio, evitando constrangimentos.
E ainda assim, a causa da morte é o sorriso.
Já viu alguém morrer de sorrisos?
Pois é assim que me mato todos os dias.
Segundo por segundos.
E tudo o que me flui são dores.
Sangue fútil, vazio, se vai e deixa meu corpo gélido aqui.
Cheio de dores assassinas.
Mas por estar morta, me finjo não sentir a dor.
Essa atriz mórbida eu sou, sempre os melhores espetáculos.
Cerro minha cortina com a dor do silêncio.
E caminho ao canto escuro, desse palco incapaz de alegria.

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