segunda-feira, 14 de janeiro de 2013

Lágrimas frias.


São lágrimas frias que correm meu rosto, as dores que não se compreendem, os gritos até então calados.
É triste quando não consigo ficar perto de alguém sem me sentir sozinha. E só não me sinto só quando é a solidão que segura minha mão.
E somos só nós. Eu e o nada. Minha unica companhia eterna.
O café de ontem ainda ali. Frio, como o vento sorrateiro passeando por meu corpo.
A maior emoção em dias cor de cinza. De coágulos e batimentos cardíacos indesejados.
Tenho medo. Medo de deixá-lo bater.
Medo de que acelere, perdendo o controle.
Conheço os riscos. Vida e morte a cada segundo.
Escuridão de assombro confortante. Fria ternura.
Pequena criança querendo fugir dos fantasmas com quem dividia o travesseiro.
São as velhas lágrimas frias tentando fuga dentro de mim.
Congelando cada vez mas o coração, anestesiando a agonia de cada batida morta.

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