quinta-feira, 27 de dezembro de 2012

Doença mundana.

Acho que estou ficando doente.
Não quero mais sair, gosto de me jogar por aí.
Não quero socializar com as armas inimigas.
As pessoas me enlouquecem.
Vozes me fazem insana.
As portas do meu hospício.
No placebo humano.
Na palavra pertubadora.
No olhar de morte.
Sedutora à minha dor.
Aponta o meu fim.
Acho que estou ficando doente.
Esqueço de viver.
Não quero respirar.
Existir é um ato involuntário.
O silêncio mortal.
A doença remediária.
Injeção de paz.
Explodem ilusões.
Acho que estou ficando doente.
Doente de ser humana.
Minha herança, a diferença.
Meu sintoma, o grito sincero.
O atestado de óbito apresenta humanidade.
Enterrada pela realidade que me enlouqueceu.
Me adoeceu.
Me matou.

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