quinta-feira, 18 de outubro de 2012

Meia-noite.

A noite obscura torna a se esquecer de mim.
A chuva só espia pela minha janela.
E eu apenas observo a correria dos orvalhos.
O medo de abrir a minha porta.
Falta de vontade de encarar aquela câmara de tortura.
Aquela, que no decorrer do dia, anseia por todos os meus sorrisos.
Mas eu prefiro ficar aqui.
E me proteger do que irá me atacar a qualquer hora.
Queira eu, ou não.
Mas até a meia-noite, quero proteger todos eles.
Todos os sorrisos.
Todos os sonhos que irão disparar dentro de mim, após a meia-noite.
E que extraia de mim, toda a felicidade.
Tire de meu corpo cada pouco de vida.
Mas só até a meia-noite.
Pois, depois da meia-noite, vem um novo dia.
Aquele amanhecer que chegará para me cegar e fazer sumir, todas as memórias de uma noite obscura.
E que me restaurará a alma.
E me trará a chance de novos sorrisos.
Mas só após a meia-noite.

Nenhum comentário:

Postar um comentário