quarta-feira, 5 de setembro de 2012

Boba.

Reviro em pensamentos a minha mente.
Reviro em lençóis a mim mesma.
As lágrimas fortemente atraídas por um travesseiro.
Criança boba que ainda brinca com fogo.
De tanto que me queimo, me faço do cinza do céu.
E o vento podia me levar com ele. Pois eu não quero ver a chuva acontecer.
Leve e seca, assim que quero ser.
E não quero que a chuva venha sobre mim como um peso.
Me prendendo por ele.
Me desmanchando por ele.
A chuva só parece queimar.
Criança boba que ainda pula em poças d'água.
De tanto brincar, fica doente.
Incapacitada de vida, parada numa cama.
Vendo apenas a chuva escorrer pela janela do quarto.
Revirando a cama em agitação, ao desejo de brincar na rua.
Criança boba que fica andando em ruas desertas.
Correndo qualquer perigo.
Sem risco de ajuda.
Se queima, fica doente e em ruas desertas.
Criança boba que acha que irão cuidar dela.
De tanto que não se cuida vai acabar morrendo.
E vai morrer sozinha.


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