quarta-feira, 22 de agosto de 2012

Ruínas.

Debato-me contra a cama. Vítima desta insônia.
Parte da guerra de cada dia prevista em pensamentos.
E o silêncio se parte, quebrado pelo som incomum de um pássaro.
Belo canto de um pássaro. Não sei como és, mas sei como soa. Soa belo.
Canta por estar feliz, ou para fazer sorrir a garotinha que agora acorda?
Os cães no meio da rua que tanto latem, talvez não incomodem. Talvez, nem mesmo sejam ouvidos.
Eu, aqui, parada, esperando por alguma luz de esperança, ou um simples filete de luz.
Que ilumine o sorriso, ou somente a casa.
Atrás de todas as nuvens negras, que pouco a pouco se clareiam, posso ver os primeiros raios de sol.
O primeiro brilho no olhar do dia, tão espontâneo, as vezes indesejado.
Invade o olhar, mas não invade a alma.
No entanto, começo a desejar que o vento traga em minha direção todas essas nuvens, resíduos de uma noite depressiva.
Para que o amanhecer de um novo dia as siga em direção a mim.
Mas que seja rápido, antes que fique tarde.
Antes que anoiteça. Pois a noite, as portas se fecham, os olhos se cerram.
E esse é um dia muito bom para deixar de ser visto.
É um dia perfeito.
É só mais um dia perfeito pronto a ser destruído.
Deixando suas ruínas pouco luminosas para quem vive na escuridão.

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