terça-feira, 20 de setembro de 2016

Pare.

Eu não quero que o tempo passe.
Eu não quero que passe, sem passa-lo do teu lado.
Eu quero escrever, mas o tempo me faz surtar.
O tempo corre, o pensamento corre, os dedos correm. E me atropelam.
Enquanto escrevo, dou pane.
Enquanto escrevo, tiques.
Meus tiques. Os tiques do relógio.
Tique.
Toque.
E faça parar tudo ao meu redor.
Eu mudo.
O tempo está mudando.
O tempo muda tudo.
E enquanto cada segundo passa, passo medo.
Pânico. Panes. Tiques.
Sem toques. Nada me faz parar.
Nada o faz parar.
Uma hora, todas as memórias queimarão.
Uma hora, quase agora, porém distante. Porém depois.
Tique. Taque.
Toque.
E nos faça parar.

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