quarta-feira, 24 de julho de 2013

Pequena desolada.

Pequena desolada,
em seu parque, esperando que morra.
Nada a bota pra cima,
pois não há ninguém na gangorra.
Deitada na praça vazia,
o algodão doce não chama sua atenção.
Fumando o palito de um pirulito,
queimando lentamente seu coração.
No topo do escorregador.
Um jeito novo de descer,
quer ser morta em seu castelo,
antes que tenha de crescer.
Criança triste e isolada.
Teu livro de histórias está manchado.
São as canetinhas coloridas?
Ou as lágrimas sem vida?
O céu perdeu seu arco-iris,
seus olhos perderam a cor.
Desde cedo, começou a enxergar,
um mundo sem amor.
Quem sabe, pequena,
Um amigo há de chegar.
Ele pode lhe fazer sorrir,
ou partir,
deixando a tristeza em seu lugar.
Pensava que o parque era um mundo feliz.
Mas até aqui, pode se machucar,
E por mais que faça um curativo,
uma dor de anos pode nunca passar.
Mas não se preocupe, pequena,
Mais tarde, sua mãe vem te buscar.
Te ensinará mais sobre o mundo de fora,
e menos sobre esse lugar.

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