segunda-feira, 11 de fevereiro de 2013

Moldura plastificada.


São lágrimas frias que correm meu rosto,
as dores que não se compreendem,
os gritos até então calados.

Só eu posso chorar por mim,
as paredes pintadas em melancolia,
os movimentos inusitados.

Quem podesse ouvir a agonia das lágrimas,
Jamais acreditaria, que um dia
os dias já brilharam pra mim.

De pulos arriscados,
e passos ingenuos,
eu nunca soube o quanto isso valeria no fim.

As risadas eram valiosas,
as palavras verdadeiras,
que eu nunca mais vi.

Dias que por mais que estivesse nublado,
as brincadeiras nas poças d'água
valeriam o brilho ofuscado por si.

Mas não sorriem mais as estátuas de marmore,
nem fazem sorrir as velhas histórias,
no meu velho museu de lembranças abandonadas.

Mas ainda jaz o momento em que registrei,
aqueles dias de risos históricos,
fixados em uma moldura plastificada.

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